Condenado à morte escolhe ser executado por pelotão de fuzilamento
Brad Sigmon, de 67 anos, recusou a cadeira elétrica e a injeção letal, tornando-se o primeiro preso da Carolina do Sul a optar por esse método desde sua reintrodução
Brad SigmonReprodução/South Carolina Department of Corrections
Na Carolina do Sul, um homem condenado à morte escolheu ser executado por um pelotão de fuzilamento, em uma decisão que marca um evento raro no sistema penal dos Estados Unidos. Brad Sigmon, de 67 anos, deve enfrentar a pena capital no dia 7 de março, tornando-se o primeiro prisioneiro do estado a optar por esse método desde que foi reintroduzido.
A escolha reflete a limitação de opções para os sentenciados no estado. Com dificuldades para obter os insumos necessários para a injeção letal, a Carolina do Sul passou a oferecer o pelotão de fuzilamento como alternativa à cadeira elétrica. Sigmon justificou sua decisão com base no sofrimento causado pelos outros métodos, segundo seu advogado, Gerald King.
A execução seguirá um procedimento meticuloso: o prisioneiro será preso a uma cadeira, com um capuz cobrindo sua cabeça e um alvo posicionado sobre seu coração. Três atiradores, a uma distância de pouco mais de quatro metros, realizarão os disparos.
Desde 1976, apenas três execuções desse tipo ocorreram nos Estados Unidos, todas no estado de Utah, sendo a última delas em 2010.
Sigmon foi condenado pelo assassinato dos pais de sua ex-namorada, ocorrido em 2001. Após o crime, ele sequestrou a ex-companheira e tentou alvejá-la enquanto ela fugia, mas sem sucesso, conforme detalharam os promotores.
A execução do condenado levanta novamente debates sobre a pena de morte no país e os métodos utilizados para sua aplicação.